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BARDANA
Nome Científico: Arctium lappa L.
Nome Popular: Bardana – maior, gobô, orelha – de – gigante, erva – dos – tinhosos, pegamassa, perga – masso, Baldrana, carrapicho – grande, erva – dos – pega – massos, pegamoço.
Família: Asteraceae
Aspectos Agronômicos:
Reproduz-se por sementes, plantadas de preferência na primavera e no outono. Prefere os solos areno – argilosos, bem profundos, férteis e com boa drenagem para permitir o aprofundamento das raízes. Após 3 meses, as raízes já podem ser colhidas para consumo. As que não forem usadas podem ser deixadas no canteiro. Elas têm de ser retiradas até o florescimento da planta; depois disso perdem suas propriedades.
Parte Usada: Folha fresca, raiz e semente.
Constituintes Químicos:
-Óleo essencial (articol) com 45% de inulina.
-Taninos, mucilagens, fuquinona, ? - eudesmol, taraxasterol.
-Acetado e palmitato de diidrofuquinona.
-Resina, polifénois, ácidos graxos.
-Sais minerais, carbonato e nitrato de potássio.
-Composto antibiótico (semelhante à penicilina).
-Um glicosídeo denominado lapina.
-Fitosteróis (?- Sitosterol e estgmasterol).
-Ácidos orgânicos.
Origem: Europa e Ásia.
Aspectos Históricos:
A Bardana é uma planta estrangeira já aclimada no Brasil, habitando em lugares úmidos e sombreados. É um vegetal muito útil em virtude de suas várias aplicações terapêuticas. Seu êxito medicinal data da antiguidade, não sendo nunca contrariado ao longo dos séculos. Segundo a tradição curou o rei Henrique III da França de uma grave doença de pele.
Uso:
* Fitoterápico:
Ação: Diurética, hipoglicemiante, colerética, antiinflamatória, bactericida, fungicida, depurativa, cicatrizante, sudorífica, emoliente, calmante, purificante, lenitivo, anti-séptica, anti – seborréico, adstringente e estimulante do couro cabeludo nas dermatites descamantes.
-Furunculoses, abcessos, dermatose purulentas, eczemas, gota, reumatismo, auxiliar no tratamento de diabetes, bronquite crônica, herpes simples, escabiose, cólica nefrética, constipação intestinal, sífilis, feridas, tumores, prisão de ventre, enfermidades cardíacas, enfermidades do fígado.
* Farmacologia:
A principal indicação terapêutica da Bardana é em doenças crônicas da pele. Sua ação sobre as afecções da pele pode ser explicada pela presença de um princípio antibiótico eficiente sobre bactérias GRAM POSITIVAS como estafilococos e estreptococos, sendo muito ativo em afecções do tipo furunculose e acne; permitindo a cicatrização de muitas feridas e ulcerações.
Tem ação fungicida, sendo eficiente para tratamento de afecções no trato genital.
Possui também propriedades diuréticas sudoríficas auxiliando em processos reumáticos e gotosos, além de auxiliar a eliminação de ácido úrico.
Apresenta também uma marcante ação depuradora do sangue. Aumenta a secreção biliar e hepática através de sua ação colerética.
Pode auxiliar no tratamento de diabetes por possuir propriedades hipoglicemiantes.
Devido à sua capacidade de neutralizar venenos é utilizada para acalmar a dor e a tumefação produzidas por picadas de insetos como a aranha.
* Fitocosmético:
caspa, seborréia, queda de cabelo, ulcerações na pele, acne, picadas de insetos.
Riscos: Pode causar irritação dérmica e ocular. Seu uso não é recomendado para produtos infantis.
Doses Utilizadas:
*Fitoterápico:
Uso Interno:
Raízes Secas: 2 a 6 g três vezes ao dia ou por infusão.
Extrato fluído em álcool 25%: 2 a 8mL.
Decocto: 40g das raízes por litro de água. Tomar 2 a 3 xícaras ao dia.
Infuso: 4 a 6g das sementes.
Tintura 1:10 em álcool 45%: 8 a 12mL três vezes ao dia.
Uso Externo:
Tintura: compressas locais.

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